segunda-feira, 3 de junho de 2013

OS NOMES DOS DIAS

Two Souls - Eddie Calz
Movimento rápido dos olhos. Sonhar.
Coisas acontecendo lá dentro de sua mente. Você mexe com as mais genuínas manifestações de magia.
Quando um bebê sonha, sorri. A gente fica imaginando o que de tão especial alguém com dias de vida tem para sonhar e se encantar tanto. Ele vê coisas de um mundo além do nosso. De onde ele veio, pouco tempo antes, quando conversava com anjos. Diante de anjos, quem não sorri?
Muitos especulam a respeito do significado dos sonhos. Mas para mim o sonho é só isso. Pura e simples magia. Os sonhos são absurdos, caóticos e reais.
Amo cada sonho que tenho. Mesmo os ruins. Alguns se repetem tanto que se tornaram de estimação para mim. Tem aquele em que sou perseguido pelo terrível Radu. Também aquele em que ando por um caminho deserto e o céu é laranja. Em certo ponto sou acompanhado por um pássaro que me convida a voar com ele e em pleno voo percebo ter estado sobre o corpo de um homem gigantesco que flutua no infinito. E aquele em que chego numa casinha linda com um jardim. Vejo um vira-lata saindo de lá de dentro e é Duque, meu cachorro, morto há muito tempo. Então minha vó sai de lá. Ela também está viva e bem. E me diz que se eu quiser posso morar lá com ela pra sempre. Esse eu quase não tenho mais.
Mas o que eu mais gosto é quando acordo no meio de um sonho incrível e ele fica impregnado em mim como uma fragrância. Naquele dia e nos seguintes vou carregando comigo pensamentos e sensações impossíveis de compartilhar, coisas minhas que vibram com uma aura cínica.

Quando isso acontece, os dias mudam de nome. Ganham o nome daquilo ou daqueles com quem sonhei. E esse jogo de xadrez que todo mundo chama de vida às vezes faz movimentos tão parecidos com os que acontecem lá que às vezes me pergunto se o sono é a única coisa que separa um mundo do outro. 

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